Israel ataca hospital Al-Shifa; Exército diz que matou 20 homens armados

 Israel ataca hospital Al-Shifa; Exército diz que matou 20 homens armados

Forças de defesa israelense afirmam que estrutura do prédio é usada pelo Hamas para esconder combatentes.

Por Victor Bhering - @vic_bhering11

Tropas israelenses atacaram o Hospital Al-Shifa nesta segunda-feira (18) - Foto: ANADOLU.

Na manhã de segunda-feira (18), tropas israelenses invadiram o complexo do Hospital Al-Shifa, localizado em Gaza. Alegando terem matado 20 homens armados, a operação resultou em múltiplas vítimas, de acordo com autoridades de saúde palestinas, e provocou um intenso incêndio em um dos edifícios.

Os militares israelenses afirmaram que soldados e forças especiais realizaram uma "operação precisa" com base em informações de inteligência de que o hospital estava sendo utilizado por líderes seniores do Hamas e foram alvejados quando adentraram o complexo.

- Vinte terroristas foram eliminados no hospital de Al-Shifa até agora em vários combates, e dezenas de suspeitos detidos estão atualmente em questão - segundo o comunicado.

 

O Al-Shifa, o maior centro médico da Faixa de Gaza, hoje figura como uma das poucas instalações de saúde parcialmente funcionais no extremo norte do território. Além de suas funções médicas, o hospital abriga centenas de civis deslocados em meio à devastação da região pela guerra.

- De repente, começamos a ouvir sons de explosões, vários bombardeios, e logo os tanques começaram a rolar, eles vieram da estrada oeste e se dirigiram em direção a Al-Shifa, então os sons de tiros e explosões aumentaram - disse Mohammad Ali, de 32 anos, pai de dois filhos que moram a cerca de um quilômetro do hospital, ao portal Reuters por meio de um aplicativo de bate-papo.

O Ministério da Saúde de Gaza, gerido pelo Hamas, reportou um incêndio que começou na entrada do complexo, ocasionando casos de asfixia entre mulheres e crianças deslocadas que buscavam refúgio no hospital. A comunicação foi interrompida, deixando pessoas retidas nas unidades cirúrgicas e de emergência de um dos edifícios. 

- Há vítimas, incluindo mortos e feridos, e é impossível resgatar alguém devido à intensidade do incêndio e ao alvo de quem se aproxima das janelas - afirma o departamento.

 

Depois dos ataques, o exército israelense espalhou panfletos pelo hospital, ordenando a população seguir pela estrada, em direção ao sul da Faixa de Gaza, mais precisamente em Al-Mawasi.

- Para todos aqueles que existem ou estão deslocados em Rimal e os deslocados em Al-Shifa e arredores: vocês estão em uma zona de combate perigosa. As FDI (Forças de Defesa Israelense) estão operando fortemente em suas áreas residenciais para destruir a infraestrutura terrorista - disse o comunicado.

 

Os militares comunicaram que as tropas receberam orientações sobre a necessidade de agir com cautela, além de terem sido instruídas sobre as medidas a serem adotadas para evitar prejuízos aos pacientes, aos civis detidos, à equipe médica e ao equipamento médico. Acrescentaram que os pacientes não foram obrigados a deixar o local. 


Por outro lado, o Hamas divulgou em comunicado que as forças militares israelenses cometeram mais um crime ao atacar diretamente os edifícios hospitalares, sem consideração pelos pacientes, pela equipe médica ou pelas pessoas deslocadas.

Sobre o autor:

Olá! Me chamo Victor Bhering, tenho 18 anos, e atualmente cursando o primeiro semestre de Jornalismo na UAM. Meu objetivo com este blog é treinar os fundamentos técnicos da profissão, além de poder expor minha opinião em alguns artigos, mas sempre com imparcialidade, como o ofício exige.

Agradeço do fundo do coração caso você tenha lido até o final! Abraços! :)

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